quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Pastel de Miolos seguirá como Duo

No Inicio do mês entrevistei Álisson, ex-vocalista e guitarrista da banda de Punk HC baiana Pastel de Miolos, que havia anunciado a sua saída da banda. Hoje converso com Wilson, baterista, que nos conta mais sobre essa mudança e também sobre o futuro da PDM, que a partir de agora será um Duo, só com Bateria e Baixo. Ficou curioso? Se ligue na conversa aí!
Wilson - Baterista da Pastel de Miolos
Semanas atrás fiz uma entrevista com Alisson sobre a saída da Pastel de Miolos. Ele falou que não estava mais feliz fazendo o que fazia na banda. Ontem vocês soltaram um release falando que a saída dele foi um golpe para a PDM. Ele nunca havia conversado sobre essa insatisfação e da possibilidade de um dia deixar a banda? Fale mais sobre isso.
Wilson - Cara, o termo golpe utilizado no release foi para descrever o fato de ter acontecido de surpresa. O motivo da saída dele foi o que realmente ele descreveu na entrevista que você citou. Nunca conversamos sobre a saída dele, fizemos a turnê Europeia (2014) e foi muito divertida. Rolou estresse, coisa normal de está longe de casa, longe da família, o cansaço do dia a dia de uma turnê, mas rolou legal, tanto que na volta da turnê mantivemos a mesma rotina de ensaios, shows. Chegamos até a pré produzir o que seria o próximo álbum, compomos umas 8 a 10 músicas novas.
Mas essa mudança e desgaste começou mesmo em março de 2015, durante a "Sauna Punk Rock Tour 2015", exatamente durante a turnê, tanto que depois da turnê, fizemos os shows que estavam agendados e não busquei mais shows, pois decidir parar de gerenciar a banda e seguir apenas como baterista, justamente por essa falta de interesse dele. Mas em nenhum momento percebemos essa falta de interesse dele em continuar tocando punk hardcore e nunca foi dito por ele, sempre achávamos que era devido as mudanças em sua vida pessoal, ele não queria mais viajar, preferia shows que não houvesse necessidade de viajar, demonstrava esse tipo de desinteresse, mas nunca o desejo de sair. A decisão de deixar a banda surgiu em uma conversa através de mensagens no grupo que mantínhamos no whatsapp, isso foi tipo pela manhã, e a noite decidimos que a saída dele realmente seria a melhor forma de mantermos a amizade, pois realmente estava estressante o convívio, tentamos ao máximo, pois a banda não é um negócio, é um lance de amigos mesmo, acho que banda tem a mesma conotação de um relacionamento, se acaba o amor, o tesão, tem que separar e cada um seguir seu próprio caminho.
O mais importante disso tudo é a amizade e respeito que existe entre a gente, foram anos de convivência. Alisson é membro fundador, ajudou a construir nossa identidade, temos o maior carinho e respeito por ele, já nos encontramos depois da saída dele e com certeza nos encontraremos outras vezes em algum palco da estrada do rock!

Falando sobre essa indisposição de Álisson em relação a viagens e turnês. Agora que vocês serão somente dois componentes, já existe alguma movimentação da PDM em relação a shows pela Bahia e Pelo Brasil ainda esse ano?
Wilson - Já temos 4 show agendados e mais alguns em processo de fecharmos. A ideia agora é cair na estrada mesmo, voltar o ritmo que tínhamos antes, de media de 2 shows por mês, ou mais.

Nesse mesmo release divulgado ontem, vocês anunciaram que a banda, que durante muito tempo foi um trio, passará a se tornar um duo, somente com baixo e bateria. Qual o motivo dessa decisão?
Wilson - Acredito que o motivo é a necessidade de encarar esse desafio mesmo, nunca nos abatemos diante dos perrengues, sempre lutamos, do lance de ser mais fácil lidar com tudo apenas nós 2, da facilidade de cair na estrada, da interatividade do momento entre Eu e André. Conversamos muito sobre quem poderia ser o substituto, listamos alguns nomes, mas decidimos seguir no formato duo. André é um musico muito competente, não tenho nenhuma dúvida que optamos pelo caminho melhor.
André e Wilson - O duo da Pastel de Miolos
Eu assistir um documentário sobre Lemmy, do Motorhead, e ele mostrava em uma cena como era a sonoridade somente do seu baixo. E era diferente de tudo. Mas para vocês, é um desafio grande continuar com uma banda de punk rock sem um guitarrista? O que o público pode esperar dessa nova formação?
Wilson - Será algo novo, estamos ensaiando e já percebemos que algumas músicas teremos que verificar a melhor forma de tocar. Por exemplo: "da escravidão ao salário mínimo", um skazão, não tem como André fazer a linha de baixo e o "kenko kenko" da guitarra, pelo menos não agora. Mas são apenas detalhes que com o tempo aprenderemos a lidar com isso, não será apenas um baixo com a distorção, teremos os som da guitarra e do baixo, só não teremos guitarrista. Quem viver, verá! hehehehe.
Toda mudança causa esse frenesi, normal isso, criamos uma expectativa muito grande, é um lance novo, pelo menos no sentido "baixo e bateria". É normal já o lance da "guitarra e bateria", o que posso dizer é que continuamos pesados, rápidos e com muito gás!

Você falou que já existia um esboço do que seria o próximo disco. E agora, vão seguir na linha que já estava, em relação as músicas que já estavam prontas, ou vão começar do zero com essa nova formação?
Wilson - Vamos começar do zero.

Eu torço para que tudo se ajeite, e deixo aqui o espaço aberto para outros esclarecimentos, caso julgue necessário:
Wilson - Obrigado Nem pelo espaço, acreditamos que realmente fizemos a escolha certa em seguirmos no formato "power duo" e acreditamos também que teremos a aprovação dos amigos e admiradores da banda. Nos vemos na estrada!!!

CONTATOS:
+ 55 71 99251 8715
pasteldemiolos@gmail.com

Agenda:

11/10/2016-Dubliners Irish Pub, Salvador/Bahia
22/10/2016-Jam Music & Bar, Cajazeiras, Salvador/Bahia
05/11/2016-Camaçari/Bahia
JAN/2017-Aracaju – DATA/LOCAL A CONFIRMAR


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Álisson deixa a Pastel de Miolos e segue projeto com a Macabéa

Há cerca de duas semanas, o punk rock baiano foi surpreendido pela notícia da saída de Álisson Lima, vocalista e guitarrista, da banda Pastel de Miolos. Há mais de vinte anos na estrada, com vários CDs lançados, turnês pelo Brasil e Europa, a Pastel de Miolos é referência para os admiradores do punk rock e hardcore. Mas o que motivou a saída de Álisson?
Conversei com ele para esclarecer isso, e falar do seu novo caminho no rock baiano.
Álisson Lima quer seguir outros caminhos

O que o motivou a deixar a Pastel de Miolos, uma banda com uma estrada já consolidada?
Álisson- Primeiro que foi uma decisão totalmente pessoal, os caras da banda são grandes amigos. Mas eu queria dedicar meu tempo a um som diferente e que eu sempre gostei de tocar. A PDM é um banda de hc e punk e eu acredito que deve continuar assim até o final. Se eu não queria mais tocar esse tipo de som era mais coerente ir tocar o que quero invés de tentar transformar a PDM, que tem uma história tão longa, em outra coisa. Eu mudei pra que a PDM continue forte e te digo que não foi um decisão fácil, foram dois anos pensando e repensando a respeito disso. 

E agora você está com outra banda. Quando surgiu esse outro projeto?
Álisson- A Macabéa surgiu há 11 anos, no período em que tocava na Declinium ao mesmo tempo em que estava na PDM. Antes dos ensaios eu me reunia com mais dois amigos (Samuel Galvão e Evandro Remella) e ficávamos improvisando uns sons. E aí vinha o gosto por bandas parecidas como o The Cure, Smiths, enfim...eu resolvi começar a escrever umas letras e aí a banda começou. Nesses 11 anos houve uma mudança intensa de membros, períodos de inatividade e gravação de um EP com cinco músicas em 2010, que eu gravei todos os instrumentos, menos a bateria que foi gravada por Wilson (batera da PDM). 
Macabéa é: Marcos no Baixo e voz, Álisson no vocal e guitarra e Rugolo na Bateria 
Existe esse material para as pessoas ouvirem na internet?
Álisson- Sim. Existem alguns links espalhados pela internet. 

Eu acredito que com a sua saida da PDM, você já tenha planos de gravar algo novo com a Macabéa. Qual o próximo passo?
Álisson- O próximo passo é ensaiar e tocar o tanto que pudermos. Vamos gravar quando estivermos prontos, com o repertório afiado...

Uma coisa que incomoda muitos artistas quando saem de uma banda, é os fãs pedirem música da banda que ele acabou de deixar. Se acontecer de alguem pedir uma música da PDM em um show da Macabéa, o que vai acontecer?
Álisson- Simplesmente não vai rolar. A PDM é outra banda que não acabou e o cara pode ir no show e pedir o som que quiser escutar.
se fosse pra tocar PDM eu continuava na banda... 
Próximo show da Macabéa
Pra finalizar, apesar de você estar indo para um novo projeto, com um novo estilo. Alisson deixa de ser um punk rocker?
Álisson- Punk não é um som, é um jeito de se relacionar com o mundo. Isso não muda! É claro que muitos vão dizer o que quiser, mas eu nunca fiz força pra ser punk, ou melhor, eu nunca fui punk. Eu sempre fui e continuo sendo eu mesmo! Talvez isso seja ser punk! Quem sabe?

Ouça aqui duas músicas da Macabéa ( Em breve eles estarão atualizando suas páginas na net).
Contatos: Facebook.com/alissonlima

E.D.I. lança Realidade

O duo potiguar E.D.I. acaba de lançar o EP "Realidade". Gravado em 10 de setembro de 2016, com Thiago César na guitarra e voz e Caroline Silva na bateria e voz, o EP traz 6 faixas, incluindo um cover da banda Seek Terror. Esse é o 4º lançamento da banda.
Com uma gravação de boa qualidade feita no Estúdio F, o  E.D.I. continua na linha do punk dos anos 80, com um som direto e sem firula.
E o Tosco Todo disponibiliza para você essa sonzeira!
Baixe Aqui - E.D.I - Realidade